Pular para o conteúdo principal

Ponta Grossa: 600 vidas perdidas por covid-19


Em Ponta Grossa, no dia 09 de junho de 2020, foi registrado o primeiro óbito em virtude da covid-19. 113 dias depois, a cidade chegou aos seus 100 mortos. No dia 15 de março deste ano, a cidade registrava 500 óbitos e 11 dias depois, chegou aos total de 600 vidas perdidas.

Até esse domingo (28), a cidade estava em lockdown e flexibilizou o decreto a pedidos dos empresários da cidade. O governo municipal mostra claramente sua preocupação: a economia e não a vida.

Em meio ao colapso da saúde pública, aqueles que dependem do SUS e necessitam de atendimentos emergenciais, devido a covid, estão sem onde consultar desde o dia 23 de março com o fechamento do atendimento ao público do UPA Santa Paula.

Como sabemos, a OMS e cientistas de todo o mundo prezam pelo distanciamento social, testagens e vacinação em massa, juntamente de um lockdown rigoroso. Diante a um país sem governo federal, a responsabilidade em manter viva a população em meio ao caos da saúde no Brasil, recai sobre os governadores e prefeitos. Em Ponta Grossa, ficamos à mercê de todos os governos que não se preocupam com a grande quantidade de pessoas internadas por covid.

Segundo o obituário, somente nesse mês, 15 pessoas morreram em suas próprias residências com suspeitas de covid-19,  seguindo o protocolo do decreto municipal de serem enterradas sem direito a velório. 20 pessoas morreram no UPA Santa Paula também por causa da covid. Uma cidade com mais de 350mil habitantes, pessoas morrerem em uma Unidade de Pronto Atendimento, mostra o total despreparo em governar em meio a uma crise sanitária.

Ainda na quarta-feira (24), por nove votos favoráveis e seis contrários, a Câmara de Ponta Grossa aprovou em primeiro turno o Projeto de Lei do Kit Covid. Entidades sanitárias do mundo inteiro reprovam o tratamento precoce contra a covid com o uso de hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina. Medicamentos que seriam ofertados pelo Kit Covid na cidade. Tendo em vista a piora da pandemia no país e a  lentidão da imunização em massa, seria de extrema importância, relevância, respeito e seriedade, os vereadores da Câmara de Ponta Grossa darem prioridade a vacina e não a medicamentos que enaltecem a politicagem e agrava a saúde das pessoas.

Foram 600 vidas perdidas até o dia 26/03.  Quantas outras vidas mais o Poder Público de Ponta Grossa espera perder para tomar providências eficazes? Esperamos que a prefeita, Elizabeth Schmidth (PDS), governe para a população ponta-gronssense e não para empresários. E em respeito aos familiares das vítimas da covid, evitando mais vidas perdidas, volte atrás e decrete novamente lockdown na cidade. Aos vereadores, que respeitem a ciência e prezem pela imunização e pelas vidas de toda a população. A aqueles que perderam alguém por covid, nossas condolências. 

CAJOR - Centro Acadêmico João do Rio - Jornalismo

Postagens mais visitadas deste blog

Nota de repúdio às prisões de manifestantes

A Liberdade de expressão; à direita O aluno de Licenciatura em História da UEPG é detido e demitido de estágio na Prefeitura de PG por manifesto durante cerimônia na Câmara Municipal. A repressão política e de liberdade de expressão ocorreu na manhã do dia 19/05, onde Wagner Souza e outros sete estudantes da Universidade Estadual de Ponta Grossa receberam o Governador com gritos de “Fora Richa”. Sobre o fundo musical do momento: “Fora PT”; a Guarda Municipal não deixa a desejar como Aparelho Ideológico do Estado e prontamente retira, com uso da força, os estudantes que criticavam os recorrentes cortes no custeio das Universidades.  No dia 20, três manifestantes também foram pressos em visita de Richa à Maringa. Eles tentavam entrar no local onde o Governador faria anúncios, mas foram detidos por " provocar tumulto ao portar-se de modo inconveniente ou desrespeitoso em solenidade ou ato oficial", como traz a apuração do portal G1 . Segundo Wagner, os alunos...

Vem aí o Interclasses

O torneio vinculado à X Semana da Resistência da UEPG e com o melhor futsal dos Campos Gerais se aproxima e será realizado nos seguintes horários: 22/04 no ginásio Oscar Pereira (das 20h às 22h15) e 24/04 no ‘Zukão’ (das 19h40 às 22h40). As regras: apenas um convidado por time. O convidado será OBRIGATORIAMENTE um professor, com jogos de 10 (dez) minutos. Os critérios de desempate são os seguintes: pontos, vitórias, saldo de gols, gols pró e sorteio. Todos jogam contra todos e a final será entre os dois melhores times. Atual campeão, o 3° ano enfrentará as outras séries do curso além do time de formandos em busca do bi-campeonato consecutivo e do prêmio, duas caixas de Sub Zero (latão). Preço (por equipe): R$30,00. Mais informações com o pessoal da Atlética .

Programação X Semana de Integração e Resistência

Terça-feira (21 de maio) 8h15 – Café Comunitário 9h – Palestra com o tema: A primeira Semana da Resistência Palestrante: Ricardo Ampudia (SP) Jornalista formado pela UEPG integrante da Primeira Semana da Resistência promovido pelos estudantes em 2004 10h – Palestra com o tema: Juventude e Movimentos Sociais Palestrante: Pablo Ornelas Rosa: bacharel em Ciências Sociais e mestre em Sociologia Política pela UFSC. Doutor em Ciências Sociais (Antropologia) pela PUC/SP e atualmente desenvolve pesquisa de pós-doutorado em sociologia na UFPR 11h – Intervalo 11h15 – Mediação/Perguntas 12h - Rádio Resistência (no pátio do Dejor) 13h30 – Oficina de ‘Jornalismo Freelancer’ com Ricardo Ampudia 18h – Oficina de Gravação de Vídeo com professor Gabriel Carvalho e Abraão Ítalo em parceria com o bar Boteking (A oficina tem continuidade no dia 22/05 com edição dos materiais produzidos) 19h - Mostra de vídeodocumentários no Grande Auditório do campus central da UEPG Quarta-feira (22 de ma...