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Estudantes de Jornalismo UEPG realizam paralisação por falta de professores

Mesmo com a realização do Processo Seletivo para novos colaboradores, a Universidade não permite contratação devido ao período eleitoral

Estudantes de Jornalismo UEPG aderem a paralização em Assembleia Estudantil | Foto: Hebe Gonçalves 

Os estudantes do Departamento de Jornalismo (DeJor) da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) fazem paralisação, a partir desta quarta-feira (28), devido à falta de professores para compor o quadro de aulas durante o ano letivo de 2022. Um terço das disciplinas está sem professores, o que afeta turmas do primeiro ao quarto ano. Atualmente, o quadro de docentes de Jornalismo conta com 11 efetivos, um afastado e três colaboradores, para todas as turmas de graduação e mestrado.

Para que todas as disciplinas da grade curricular, previstas para esse semestre, sejam ofertadas aos estudantes, o departamento precisa de, no mínimo, mais quatro docentes. Diante desse quadro, os estudantes decidiram paralisar as atividades acadêmicas durante a Assembleia Geral Estudantil, realizada na manhã desta quarta-feira (28), a fim de organizar e promover atos e manifestações para reivindicar melhorias no curso e a contratação imediata de professores.

Vale destacar que um Processo Seletivo para contratação de professores colaboradores foi realizado entre julho e agosto deste ano, após meses de solicitação e pressão do Colegiado do curso de Jornalismo junto à Universidade. Entretanto, até o momento, nenhum foi convocado. O motivo, segundo a Reitoria da UEPG, tem relação com o período eleitoral deste ano, devido ao Decreto PR 10161/2022, que, no artigo 9º, restringe a contratação de servidores públicos, entre outros atos, até a posse dos eleitos. Isso significa que o curso ficará sem professores até o próximo ano. Acontece que o Processo Seletivo foi solicitado pelo DeJor em abril. A chefe do Departamento e professora de Jornalismo Karina Janz Woitowicz diz que os docentes respeitam a posição dos estudantes por estarem cientes sobre a gravidade da situação. “De fato, o impedimento da contratação e os problemas que o departamento teve, devido a burocracia do Processo Seletivo que foi realizado, nos coloca em prejuízo quanto a qualidade de ensino que deveria ser ofertada no curso de Jornalismo”, afirma.

Uma manifestação em frente a Reitoria da Universidade, no Campus Uvaranas, está marcada para a manhã desta quinta-feira (29), a partir das 10h30. Para o estudante de Jornalismo e um dos coordenadores gerais do Centro Acadêmico João do Rio (Cajor), Leonardo Duarte, o curso de Jornalismo vem sendo ignorado pela Reitoria. "Fazer essa manifestação é uma forma de mostrar o descontentamento com a situação atual dos alunos que não sabem nem quando irão se formar, pois o sucateamento do curso é histórico, por isso exigimos que a Reitoria faça algo", enfatiza.

Como principais medidas, os estudantes solicitam com urgência uma audiência com o reitor Miguel Sanches Neto para que o diálogo seja estabelecido e a situação do curso seja tratada com a devida atenção. Mais informações serão divulgadas nas redes sociais do Cajor.


Ficha técnica:

Reportagem: Portal Periódico

Reportagem: Leriany Barbosa

Edição e publicação: Leriany Barbosa

Supervisão de produção: Cândida de Oliveira

Supervisão de publicação: Cândida de Oliveira e Ricardo Tesseroli

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