Universidades terão até 2015 para acatar decisão do MEC e reformularem seus currículos. Professores e alunos da UEPG dão suas opiniões sobre estágio obrigatório
Professores e alunos de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) têm o prazo de dois anos para a implantação das Novas Diretrizes Curriculares nos Cursos de Jornalismo. O prazo foi imposto pelo Ministério da Educação (MEC na última terça-feira (1/10). Com a implantação o estágio, até então proibido pelo artigo 19 do Decreto 83.284/79, passaria a ser obrigatório.
A professora Karina Janz Woitowicz, do departamento de Jornalismo da UEPG diz que a Universidade tem todas as condições de fazer o currículo de acordo com as Novas Diretrizes, de procurar onde é falho e melhorar. Karina também acredita que os profissionais que fizerem estágio terão maior conhecimento da área, mas não necessariamente estarão preparados, é preciso entender a profissão do jornalista.
Nicoly França, aluna e presidente do Centro Acadêmico João do Rio (Cajor) da UEPG acredita que mesmo que o curso de jornalismo tenha atividades laboratoriais, o profissional não está pronto para o mercado. Com o estágio tornará a qualificação melhor. Em relação a regulamentação do estágio, Nicoly quer maior fiscalização, por que se não pode virar problemas de condições de trabalho.
Já para o aluno do segundo ano de Jornalismo, André Jonsson, o estágio obrigatório trará experiência de trabalho. “Atualmente formam-se profissionais sem experiência alguma, que não sabem como é trabalhar num jornal diário”, completa. Jonsson critica a universidade: “a UEPG está atrasada em muita coisa, é jornalismo da década de 70, porém a base teórica é muito boa, formam-se bons pesquisadores.”
A estudante do primeiro ano de jornalismo, Desirée Pechefist, também concorda que o estágio obrigatório é importante. “Na prática, dá para visualizar outra realidade, pois não é como os projetos disponíveis no curso, por isso é preciso o estágio para ter noção do mercado e do produto real da mídia”. Desirée completa que saberá se a universidade estará preparada quando posta em prática.
Por Carine Cruz