Na manhã desta terça-feira (04/10), o Centro Acadêmico João do Rio (Cajor) recebeu informação por meio da coordenação do Departamento de Jornalismo (Dejor) que a reitoria autorizou a contratação de quatro professores colaboradores para o curso de Jornalismo. Na segunda-feira (03/10), o reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) esteve em Curitiba para negociar a contratação dos professores com o Governo do Estado. A ação da Reitoria é em resposta ao Movimento Estudantil dos Discentes do Curso de Jornalismo da UEPG realizado na quinta-feira (29/09). No ato, os estudantes se reuniram no prédio da Reitoria pedindo a imediata contratação dos professores, exigindo educação de qualidade, o direito de se formar e respeito ao nosso curso. Se não fosse pelas mobilizações que permaneceram no dia seguinte, a resposta poderia ser ainda mais demorada.
Foram várias as falhas comunicacionais da gestão, visto não informarem de forma correta em quais trâmites estava o processo de contratação dos professores colaboradores. Durante mais de três meses, as respostas enviadas eram de que a Lei Eleitoral impedia essa contratação. Porém, como bem vimos, foi de má vontade da gestão em realizar todo o processo burocrático de forma ágil, afetando o curso de forma a ficarmos com 13 disciplinas sem professores, com um terço da carga horária prejudicada e com 62h das 181h semanais da graduação sem aulas. Levando em conta o dia em que os estudantes estiveram reunidos na reitoria até o presente momento da publicação desta nota, se passaram três dias úteis, concluindo que o movimento estudantil teve grande importância para fazer com que a gestão cumprisse seu papel.
O Cajor ainda manifesta o pedido de respeito por parte da Reitoria com o curso de Jornalismo, relembrando a nota publicada para a imprensa a respeito da falta de professores no departamento. No texto, de cunho maldoso, foi mencionado que o Dejor não manifestou interesse no processo seletivo em fevereiro, visto que até então o corpo docente se encontrava 100% preenchido. Mencionar o afastamento de uma das professoras para o pós-doutorado mostra total desconhecimento sobre o caso, uma vez que toda a carga horária já estava sendo remanejada desde o início do ano letivo de 2022 para outros professores da graduação e pós-graduação.
Parabenizamos aos alunos pelo grande movimento e barulho pelo pedido de direitos mínimos: ter professor, ter aula e ter o direito de se formar. Agradecemos aos centros acadêmicos, diretórios acadêmicos, comunidade acadêmica e professores pelo apoio nessa causa. Lembramos que esse não é o fim das exigências, pois as estruturas de nosso departamento se encontram em total insalubridade: sem janelas, sem ventilação de ar, com mofo e ultrapassada. Os equipamentos laboratoriais encontram-se defasados: computadores e teclados que não funcionam, além da falta dos mesmos nos laboratórios de radiojornalismo, telejornalismo e redação, câmeras fotográficas antigas do ano de 2010, câmeras filmadoras insuficientes, tripés frágeis, escassa quantidade de mouses, falta de acesso à internet nos equipamentos, inexistência de softwares que acompanhem o mercado atual, entre demais demandas que mostram o total abandono do nosso curso. Continuamos a persistir e resistir por uma educação de qualidade que é um direito de todos!
Ponta Grossa, 04 de outubro de 2022
Coordenador Geral - Leonardo Ribeiro Duarte